Antecedentes: A Europa do século XIX
Aumento populacional: Entre 1750 a 1850 a população mundial dobrou, passando de 600 milhões para 1,2 bilhão de pessoas.
Esse aumento ocorreu graças ao avanço cientifico, que modernizou a agricultura, criou a primeira vacina (contra a varíola) e reduziu drasticamente a mortalidade infantil. Houve ainda um grande exôdo rural, ou seja, o deslocamento da população do campo para a cidade.
No século XIX o capitalismo ganhou um forte impulso na Europa, Estados Unidos e Japão, embalado pela SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, que se caracteriza por:
- Crescimento dos mercados consumidores europeus;
- Acumulação de capitais na Europa, durante a primeira Revolução Industrial.
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
- FERRO é substituido pelo AÇO, material mais duro, mais maleável, mais resistennte e mais barato.
- Invenção do Gerador: aparelho que transformava energia mecanica em energia eletrica.
- Invenção da lâmpada elétrica.
- Locomotivas e barcos a vapor.
- Invensão do motor a explosão, utilizando a gasolina e o diesel.
- Invensão dos primeiros automoveis.
- Invenção do telegrafo (1836) e do telefone (1876).
Frederick W. Taylor, propôs a racionalização do processo produtivo visando o aumento do lucro, onde os trabalhadores deveriam ser organizados de forma hierarquizada e sistematizada, onde cada trabalhador realizaria uma atividade especifica no sistema produtivo da industria.
Em 1913 Henry Ford aplicou o taylorismo na sua fábrica, introduzindo esteiras rolates que conduziam os chassis e as demais peças, enquanto os operários executavam uma única tarefa. Esse sistema fez aumentar a produtividade e o lucro das empresas, mas significou aumento de trabalho repetitivo aos operários.
IMPERIALISMO
O termo Imperialismo (ou Neocolonialismo) é utilizado para definir o período posterior a revolução industrial, onde as potencias europeias buscam novos mercados consumidores para seus produtos, matéria-prima e mão de obra baratas.
Foi um fenômeno econômico, social, politico e cultural que ocorreu entre 1875 a 1914 e marca a divisão do mundo entre as potencias industriais-capitalistas europeias.
No final do século XVIII, a Revolução Industrial surgida na Inglaterra, se expandiu para países como Alemanha, Itália, Rússia, Estados Unidos e Japão.
A superprodução das fábricas europeias logo gerou excedentes, e com isso, a busca de mercados consumidores para escoar a produção. Concomitantemente, o surgimento de novas tecnologias, cada vez mais sofisticadas, exigia matérias primas como o cobre, petróleo, manganês e borracha, inexistentes ou raros na Europa.
O capital (dinheiro) excedente não poderia ser reinvestido na produção europeia, sem agravar o problema do excedente produtivo, devendo ser direcionado para outras partes do planeta, favorecendo o controle político e facilitando o escoamento das mercadorias nas regiões dominadas.
CARACTERÍSTICAS:
- Concentração da produção e do capital. (concentração da riqueza em poucos países e entre poucas pessoas, a alta burguesia).
- Capital financeiro. (fusão entre o capital industrial e o capital bancário).
- Investimentos realizados nas colônias ou áreas de influência privilegiavam a infraestrutura. (transporte, energia e comunicações, visando agilizar o escoamento das mercadorias e facilitar a dominação).
- Surgimento de Trustes, cartéis e Holdings.
- Partilha do mercado mundial e divisão territorial do planeta entre as potências industriais europeias. (Dominação direta – quando uma região é transforma em colônia. Dominação indireta – quando uma nação estabelece o controle econômico de certas regiões, aliando-se a elite local)
- Darwinismo social. (distorção da teoria de Darwin, utilizando-a para justificar a dominação social, uma vez que os mais pobres seriam os menos aptos e os mais ricos, os mais aptos)
- O fardo do homem branco. (justifica ideológica do imperialismo já que os europeus brancos se julgavam os detentores da civilização e consideravam os demais povos como inferiores. Cabia assim, a “dura missão” de levar aos que viviam nas trevas da ignorância e da barbárie, a luz da civilização e do conhecimento) Leia o poema O fardo do homem branco.
Na Asia
Na Africa
Na América
- Controle da América Central e Pacífico
- Intervencionismo em Cuba e Porto Rico
- Política do Big Stick
- Diplomacia do dólar
- Intervenções na América Central
DESTINO MANIFESTO:
Pensamento que expressa a crença que os Estados Unidos foi escolhido por deus para comandar o mundo, logo, o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade divina.
- Aquisição de terras por compra.
- Aquisição de terras por acordos.
- Aquisição de terras por guerras e invasões.
A DOUTRINA MONROE:
Idealizada pelo presidente James Monroe, que governou de 1817 a 1825, pode ser definida com a frase “A América para os americanos” com essa frase os Estados Unidos deixavam claro que as pretensões europeias sobre a América haviam chegado ao fim, porém, não significa que os povos americanos se tornariam independentes, e sim, que a partir de agora a América seria dominada pelos americanos (NORTE AMERICANOS). Os Estados Unidos, objetivando controlar o mercado consumidor americano, auxiliou Cuba e Porto Rico no processo de independência da Espanha. Porto Rico foi anexado aos Estados Unidos e Cuba teve que incluir em sua recém criada Constituição a Emenda Platt.
A Emenda Platt foi um dispositivo legal, inserido na constituição da recém independente Cuba, que autorizava os Estados Unidos a intervir em Cuba, a qualquer momento em que seus interesses na ilha fossem ameaçados. A Emenda Platt, tornou Cuba submissa aos Estados Unidos e permitiu que este intervisse em sua politica, sempre visando garantir seus interesses. Houve ainda o Tratado Cubano-americano tornou os Estados Unidos, arrendatários perpétuos da base militar de Guantánamo (controlada até hoje pelos americanos).
A politica do “BIG STICK” ou “Grande porrete
O termo refere-se a politica externa dos Estados Unidos durante o governo de Theodore Roosevelt (1900-1909), que foi responsável pela ação imperialista norte-americana na América Latina. “Fale com suavidade, e carregue um grande porrete, assim irás longe” representa a forma que Roosevelt utilizava ao negociar, amistoso e cordial, porém, deixando claro a possibilidades de utilização de forças militares para garantir os interesses dos EUA. Durante o governo de Roosevelt, os Estados Unidos se tornaram a policia da América, e os países deveriam seguir as determinações norte-americanas, caso contrário, sofreriam intervenções militares.
Intervenção do Panamá
Em 1903 os Estados Unidos incentivaram a independência do Panamá (que fazia parte do território colombiano), visando construir e controlar o Canal do Panamá. Em 1904 o Panamá concedeu aos Estados Unidos o território para a construção do canal que ficaria sobre controle americano em troca de um arrendamento perpétuo. O Canal do Panamá foi construído de 1907 a 1914 e a zona do canal se tornou, na prática, uma colônia americana até 1999.
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